De estádios lotados de público e adrenalina às TVs de nossas salas de estar, a entrada de um lutador é um ritual que vai além de simplesmente caminhar em direção ao ringue ou à jaula. A escolha de uma música não é casual; em muitos casos, é uma peça fundamental da identidade do lutador, um hino pessoal que ressoa na memória dos fãs e que acaba fazendo você pensar naquele lutador toda vez que ouve essa música.

A música de entrada no ringue (ou na jaula) é a antessala do que está por vir em poucos minutos, quando você vai assistir a um de seus lutadores favoritos lutar.

Ao ouvir os primeiros segundos da música, antes mesmo de o lutador aparecer, a multidão se acende e o lutador faz sua entrada, canalizando toda essa energia para seu combate.

9 músicas de entrada para a história do MMA

Neste artigo, vamos mencionar 9 ocasiões que consideramos entre as mais míticas de toda a história do MMA, criando um vínculo indissolúvel entre a música, o evento e o lutador:

• Mirko Cro Cop - "Wild Boys" (Duran Duran): Poucas coisas evocam tanta seriedade quanto o “Wild Boys” de Mirko Cro Cop. Uma faixa que tocava enquanto o letal lutador croata se aproximava com seu olhar fixo, pronto para desferir um de seus chutes icônicos. Não é à toa que o lema que lhe foi atribuído era "right kick, hospital, left kick, cemetery" (chute direito, no hospital, chute esquerdo, no cemitério).
• Wanderlei Silva - "Sandstorm" (Darude): Quando as luzes se apagavam e “Sandstorm” começava a tocar, você sabia que o “Axe Murderer” estava prestes a desencadear o caos e a violência. A energia frenética da música era o espelho perfeito de seu estilo de luta implacável. No épico cenário do PRIDE, a faixa era combinada com um show de luzes e som que se iluminava no ritmo da voz de Lenne Hardt gritando seu nome, "¡Wanderlei Silva!", fazendo a multidão enlouquecer.
• Fedor Emelianenko - "Enae Volare Mezzo" (Era): O "último imperador" era um lutador que inspirava calma e, portanto, não precisava de um tema agressivo. A mística de “Enae Volare Mezzo” combinava perfeitamente com sua aura de tranquilidade enquanto ele podia te destruir no ringue. Um tema que, assim como o próprio Fedor, transmitia respeito, seriedade e uma sensação quase divina.
• Tito Ortiz - "Break Stuff" (Limp Bizkit): A entrada de Tito Ortiz no UFC 40 para enfrentar Ken Shamrock foi lendária, em nossa opinião, a mais lendária da história da organização. O nu-metal de Limp Bizkit conectado perfeitamente com o jogo de luzes e fogos de artifício no momento em que Tito Ortiz aparecia para o combate mais esperado daquela época, criou um momento que é considerado um ponto de virada na história do UFC, ajudando a organização a ganhar popularidade.
• Dan Hardy - "England Belongs to Me" (Cock Sparrer): O punk rock e a atitude rebelde de Dan Hardy se encaixavam perfeitamente com este hino. "England Belongs to Me" representava não apenas ele, mas também seus seguidores.
• Matt Hughes - "A Country Boy Can Survive" (Hank Williams Jr.): Esta canção encapsulava a essência de Matt Hughes, um lutador com um estilo de luta rústico, que se identificava como um "garoto do campo".
• Ilia Topuria & Joel Álvarez - "El Matador" (Los Fabulosos Cadillacs): Esta icônica faixa de rock latino cantada pelo ator espanhol Antonio Banderas se tornou o hino dos dois melhores lutadores espanhóis, especialmente para o campeão Ilia Topuria e o peso leve Joel Álvarez. "El Matador".
• Conor McGregor - "Hypnotize" (The Notorious B.I.G.) e "The Foggy Dew" (Sinéad O'Connor): Poucos lutadores tiveram entradas tão icônicas. Ele frequentemente combinava o ritmo urbano de Biggie com a emocionante balada irlandesa "The Foggy Dew". Mas em sua lendária entrada para o UFC 189 em Las Vegas, a tristemente falecida cantora irlandesa Sinéad O'Connor cantou a música ao vivo enquanto Conor caminhava para o octógono com uma bandeira irlandesa, um momento que ficou gravado para sempre na memória dos fãs, especialmente dos irlandeses que lotaram maciçamente o local, por sua carga épica e patriótica.

Hinos da organização

Além das músicas dos lutadores, as organizações também têm seus próprios hinos que se tornaram icônicos:

• PRIDE Fighting Championships: As melodias oficiais do PRIDE eram uma mistura de épico, drama e ação que acompanhavam cada evento e que ainda hoje, qualquer um que as ouça, sente uma sensação de euforia e nostalgia que muitos consideram a época mais épica e brutal do MMA. Esta música, junto com um espetáculo visual incrível, preparava o palco para as espetaculares batalhas que estavam prestes a se desenrolar.
• UFC - "Face the Pain" (Stemm): Por muitos anos, esta música foi o grito de guerra do UFC. O riff de guitarra agressivo e as letras intensas anunciavam que a hora da verdade havia chegado e um novo evento do UFC estava começando. Um hino para lutadores e fãs.

Como ouvir? Fácil, com a nossa lista do Spotify

Se você ficou curioso ou se simplesmente quer motivação para a academia, na RoninWear temos desde 2014 uma lista pública no Spotify que reúne mais de 150 das músicas mais míticas que os lutadores de MMA usaram ao longo dos anos.

Siga-a, e se tiver alguma sugestão de alguma faixa de entrada no ringue que nos tenha escapado, entre em contato conosco e nos envie!